Este video é muito bom e de uma forma descontraida chama a tenção sobre o cuidado da criança, e o papel da figura materna: a mãe é um ser fundamental no cuidado, na educação, no afeto com o filho, uma relação que jamais vai poder ser tercerizada. Pois é esta relação de cuidado, de amor, direcionado em um olhar que interpreta, que nomeia as ações, o choro do filho, que o constitui sujeito. Segundo Winnicott o rosto da mãe é o primeiro espelho da criança.
Em outros momentos falamos da importância do brincar na educação infantil, mas para que a criança chegue neste estagio de brincar, criar, imaginar, aprender, foi necessário uma longa caminhada, pois para brincar é preciso segundo Jerusalinsky que num primeiro momento um Outro não anônimo tenha feito o jogo, tenha apostado na suposição de um sujeito no bebê. Supor um sujeito no bebê quando ele não esta de fato constituido é uma das operações fundamentais sustentadas pelo Outro encarnado, nos termos de Winicott uma loucura necessária das mães.
Vejamos como é complexo e quantos problemas podem ser evitados ou desenvolvidos quando há uma "ausência" da figura materna, do Outro, de acordo com Jerusalinsky a constituição como sujeito fica em risco. As escolas de educação infantil quanto as creches tem uma responsabilidade muito grande que vai além do cuidar: a formação psiquica da criança; pois por determinadas horas do dia somos o Outro que convoca, que interpreta as ações e reações do bebê,. temos a consciência de que podemos colaborar neste processo quando preparadas para tão importante tarefa, no entanto jamais faremos o papel materno e o da família, pela ligação afetiva que existe nestas relações. O ideal? Escola família juntas cada qual cumprindo com o seu papel na formação cognitiva, motora e afetiva do ser humano, ou seja o desenvolvimento do pensar, do sentir e do agir através do conhecimento envolvido pelo amor.
Quem desejar saber mais sobre o assunto no livro: Enquanto o Futuro não vem-Julieta Jerusalinsky.
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