O primeiro e o máximo princípio da Pedagogia Espirita é o amor, pois é o amor que move o Espírito, despertando-lhe a vontade de ascenção. Mas como se trata de um conceito desvirtuado em múltiplas deformações, é preciso antes de mais nada dizer o que o amor não é. O amor não possui, o amor não domina o outro, não se desmanda ou fere. Não se acomoda com o poder e a injustiça, não se erotiza quando é maternal, paternal, fraterno, pedagógico. Também não é chantagista, com o sentimentalismo interesseiro e mesquinho.
O amor que deve brotar do educador pelo educando é o amor de inteira doação, de empenho completo pelo seu progresso. O educador que ama não pensa nos próprios interesses, nas próprias vontades, na satisfação do seu ego. Só o amor nobre e desinteressado é capaz de acordar o outro Espírito para sí mesmo e faze-lo acreditar no bem, querer o bem e agir no bem. O educador precisa demonstrar praticamente o que é a fraternidade real, a que renuncia pela felicidade do próximo, entendendo-se que a felicidade do educando não é a satisfação de seus caprichos, o mimo a suas tendência negativas, mas a contribuição efetiva para a sua realização espiritual.
O amor pedagógico não compactua com a tirania; por isso é não -violento, jamais pune, porque a punição revolta, avilta, humilha. O amor, ao contrário, convida, enternece, conquista. Mas, por outro lado, é enérgico e forte, ativo e corajoso e assim consegue mobilizar as vontades dormentes e lança-las na busca do infinito. ( Dora Incontri- Pedagogia Espírita)
Muito ainda há que se aprender a amar no sentido mais puro da palavra, para que possamos desempenhar esta nobre tarefa de educar, porém o importante é o nosso esforço diário nesta aprendizagem para que possamos auxiliar nossos pequenos no seu progresso intelectual, mas acima de tudo moral, através do afeto e o nosso maior exemplo é o amor de Jesus Cristo por todos nós.
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